segunda-feira, 14 de março de 2016

                                                                      PERDAS!

                Pestanejando, para acordar do tenebroso inverno que assolou o coração, a energia trigueira vem de soslaio dizer que, a vida segue seu rumo. Não obstante, a solidão e a tristeza que matreiramente invade de roldão, a interioridade humana.
                Quando a sorte madrasta corta fios importantes numa separação dolorida, que muitas vezes acontece de inopino, como se o mundo virasse de cabeça para baixo, almas se magoam sem entender os porquês de acontecimentos desse naipe.
                São perguntas que ficam no ar. Como compreender tais desígnios? Só a natureza superior pode explicar, através de incontáveis vidas, de tempos que se perdem na inconsciência do espírito.
                O que é a vida afinal? Um sopro, um pingo d’água num fogão fervente? Mas será que tudo terminou ali? Não, com certeza não!
                O vaso quebrou-se, mas a planta continua viva. O vaso é preciso consertar e isto será feito. A seiva aguardará novo recipiente, onde continuará sua seara, fortificando cada geração, nos floreios de cada retorno.
                O Senhor de misericórdia a tudo vê e tudo providencia. Sua eterna vigilância sabia do tempo deste ou aquele invólucro, e, inconteste socorrem os corações oprimidos, de tantos quantos que ainda não conseguem ter o esclarecimento de uma dor que parece infindável, mas, que é Sua alegria pela volta do filho pródigo à sua prole.
                Vivo eras filho, vivo continuas. Bem vindo ao meu rebanho. Nenhuma ovelha será desgarrada. Todas voltarão ao meu aprisco. Teus passos agora caminharão rumo às estrelas que brilham no firmamento, com mais uma, que se soma ao turbilhão da eternidade feliz.


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