RELEMBRANDO!
Ao recordar
os tempos passados, vem a minha lembrança, com certa nostalgia, os nossos
brinquedos de criança, com sua inocência natural e tudo aquilo que nos foi
legado por nossos antepassados.
O Passo
do Ligeiro lá no interior de Barros Cassal, onde recordo com saudades, o burro
branco que o pai usava para, quando já trabalhava no DAER, ir e vir de Barros
Cassal até a localidade.
Lembro também,
das casinhas que construíamos com santa-fé e barro, onde fazíamos nossas
comidas. A Eva era a nossa cozinheira. Os menores da casa como a Terezinha, o
Cliff e eu, mais as visitas, pois a casa era sempre cheia, nos fartávamos de
brincar na casinha. Numa certa ocasião, um dos cavalos se soltou do potreiro e
veio em disparada, derrubando a nossa casa. Foi um susto, mas ninguém se feriu.
À tardinha,
reunia-se toda a família à frente da casa grande, para degustar pêssegos que
eram apanhados cedo e deixados de molho em uma gamela grande com água. Eram uma
delicia. Os mais velhos mateavam e nós
no famoso mate doce, com cuias separadas!
Ninguém
colocava agrotóxico e eles não eram bichados. À noite a beira do fogão à lenha,
após o jantar, o pai e a mãe nos reuniam para contar histórias de romances e
lendas. Lembro-me do romance, “As Minas do Rei Salomão”, no qual tiraram os
nomes para os manos Allão, Ofhir, Odir, Cliff e Dão Real.
Na casa
grande tinha um sótão, onde havia dois quartos com janelas em estilo enxaimel,
como se vê nas moradias dos primeiros imigrantes alemães.
Quando eu
nasci, a Genoveva, a mana primogênita, já tinha se casado e não morava mais
conosco. O esposo dela, Euclides Pereira Soares, era professor e havia ensinado
na estância por algum tempo. Depois veio para Santa Cruz do Sul e foi o
principal responsável pela fundação das tradições gaúchas em nossa cidade,
fundando também em 1960, o primeiro jornal tradicionalista do Estado
intitulado, “O TROPEIRO”.
Ele veio
a falecer em 1994 e seus familiares moram em Sapucaia do Sul. Ainda na década
de 50, inicio da década de 60, três filhos deste casal, Genoveva e Euclides,
formaram o “Trio Fronteirista”, que cantavam na rádio Santa Cruz e após na rádio
Princesa de Candelária, onde foram morar. Eram o Jair, a Sônia e a Stela.
Muitas gerações
passaram desta família começada por José Altivo dos Santos e Maria Eufrásia
Falleiro dos Santos. Ele nascido em Rio Pardo em 29 de julho de 1889 e ela, em nove
de janeiro de 1907, em Estância Mariante, interior de Venâncio Aires.
Além
dos 14 filhos deste casal, ainda tivemos mais cinco irmãos do primeiro casamento
do José Altivo e Antônia Batista da Silva, que eram o Olnário Batista Silva, o
Niquito, a Alzira, a Edelvira, a Patrocinia e a Alvícia, todos já falecidos.
Sempre é
bom recordar!
Nenhum comentário:
Postar um comentário