quinta-feira, 12 de maio de 2016

                                                             RELEMBRANDO!

                Ao recordar os tempos passados, vem a minha lembrança, com certa nostalgia, os nossos brinquedos de criança, com sua inocência natural e tudo aquilo que nos foi legado por nossos antepassados.
                O Passo do Ligeiro lá no interior de Barros Cassal, onde recordo com saudades, o burro branco que o pai usava para, quando já trabalhava no DAER, ir e vir de Barros Cassal até a localidade.
                Lembro também, das casinhas que construíamos com santa-fé e barro, onde fazíamos nossas comidas. A Eva era a nossa cozinheira. Os menores da casa como a Terezinha, o Cliff e eu, mais as visitas, pois a casa era sempre cheia, nos fartávamos de brincar na casinha. Numa certa ocasião, um dos cavalos se soltou do potreiro e veio em disparada, derrubando a nossa casa. Foi um susto, mas ninguém se feriu.
                À tardinha, reunia-se toda a família à frente da casa grande, para degustar pêssegos que eram apanhados cedo e deixados de molho em uma gamela grande com água. Eram uma delicia. Os mais velhos mateavam  e nós no famoso mate doce, com cuias separadas!
                Ninguém colocava agrotóxico e eles não eram bichados. À noite a beira do fogão à lenha, após o jantar, o pai e a mãe nos reuniam para contar histórias de romances e lendas. Lembro-me do romance, “As Minas do Rei Salomão”, no qual tiraram os nomes para os manos Allão, Ofhir, Odir, Cliff e Dão Real.
                Na casa grande tinha um sótão, onde havia dois quartos com janelas em estilo enxaimel, como se vê nas moradias dos primeiros imigrantes alemães.
                Quando eu nasci, a Genoveva, a mana primogênita, já tinha se casado e não morava mais conosco. O esposo dela, Euclides Pereira Soares, era professor e havia ensinado na estância por algum tempo. Depois veio para Santa Cruz do Sul e foi o principal responsável pela fundação das tradições gaúchas em nossa cidade, fundando também em 1960, o primeiro jornal tradicionalista do Estado intitulado, “O TROPEIRO”.
                Ele veio a falecer em 1994 e seus familiares moram em Sapucaia do Sul. Ainda na década de 50, inicio da década de 60, três filhos deste casal, Genoveva e Euclides, formaram o “Trio Fronteirista”, que cantavam na rádio Santa Cruz e após na rádio Princesa de Candelária, onde foram morar. Eram o Jair, a Sônia e a Stela.
                Muitas gerações passaram desta família começada por José Altivo dos Santos e Maria Eufrásia Falleiro dos Santos. Ele nascido em Rio Pardo em 29 de julho de 1889 e ela, em nove de janeiro de 1907, em Estância Mariante, interior de Venâncio Aires.
                Além dos 14 filhos deste casal, ainda tivemos mais cinco irmãos do primeiro casamento do José Altivo e Antônia Batista da Silva, que eram o Olnário Batista Silva, o Niquito, a Alzira, a Edelvira, a Patrocinia e a Alvícia, todos já falecidos.

                Sempre é bom recordar!

Nenhum comentário:

Postar um comentário