HISTÓRIA DA MÚSICA II- MINHAS MEMÓRIAS!
Na continuação da história da
música e sua correlação com a música gaúcha, nas minhas memórias, lembro da
Dupla Mirim, depois se tornou os Mirins, com a formação primeira em 1958, de
Francisco Castilhos com 14 anos e Albino Manique com 12.
Esses meninos foram sinuelos para
muitos outros guris, que na época, difícil para a nossa música, despertaram a
veia artística nas duplas que se iniciavam.
Aqui em
Santa Cruz, surgem o Cliff e o Joãozinho na Dupla Os Araganos. Nesta mesma
época, já cantavam Santa Cruz, Garoto e Garotinho, na mistura da música
sertaneja e popular Brasileira, mas buscando, a identidade própria da música
terrunha.
Campeiro
e Campinho seguem seus passos, Pereira e Pereirinha fazem os seus ensaios
iniciais, Cereja e Cerejinha, (Cerejinha é o amigo Dorival de Oliveira Ramos),
Tropeiro e Tropeirinho (Eli e seu irmão Antônio Teixeira), Scherinha e Maringá,
após a morte trágica do Cereja num acidente de trem, (Scherinha é o amigo Eliceu
Werner Scherer e Maringá é o mesmo Cerejinha com outro codinome).
Neste segmento, na década de 1970
aparece a dupla Cambaú e Piraci (Cambaú era o soldado Figueiredo, na ocasião
prestando o serviço militar no Exercito e faz dupla, muito boa por sinal, com o
amigo de saudosa memória, Artur Teixeira.
Alem das
duplas, começam também a surgirem trios e quartetos na maioria das vezes, a
dupla de violas ou violões, acrescenta um acordeonista para harmonizar ainda
mais a música. Surge Cataúba, Itaúba e Zequinha no acordeon (o Zequinha, irmão
do amigo acordeonista Lídio Frantz), Cataúba era o brigadiano Nascimento, já na
pátria espiritual, Itaúba o mesmo Dorival, e a dupla os Araganos acrescenta o
maestro Marciliano José Rodrigues, no violino.
A partir
de 1977, uma nova fase na música surge. Começam a aparecer os grupos musicais
com a fundação do conjunto Os Nativos do saudoso Valdir dos Santos, pioneiro
neste estilo. Até este ano, as entidades como CTGs e afins, tocavam seus bailes
e fandangos com a prata da casa tendo uma palhinha das entidades coirmãs.
Na década
de 1980, é fundado pelo Hilário dos Santos e Braulo Brasil, Os Campeiritos,
logo após, Geraldo Schmidt funda Os Buenachos, Os Filhos de Santa Cruz, fundado
por Derli Silva, hoje pastor da Igreja Quadrangular, Vozes do Campo com o
Vacaria e seus Irmãos, com o acordeon da esposa Virgínia.
Na década
de 1990 surge os T4 (os quatro Tropeiros), Cliff, Amaury, Sérgio e Celson de
Lima, recordam em quatro vozes distintas, com músicas do saudoso Euclides
Pereira Soares, arranjos do Cliff, os tempos idos vividos no CTG Tropeiros da
Amizade.
Neste mesmo tempo, é fundado pelo
amigo Ademir Kretzmann, Os Tropeiros, mudando com o passar do tempo para o
Grupo Sinuelo. Também nesta década é criado pelo amigo Tito Lopes, o Grupo Alma
Campeira, mudando o nome após a mudança do milênio, para Toque de Vaneira.
Surge também nos últimos tempos,
os Novos Tropeiros com o acordeonista Leonas e o Baixista Leléo. Lídio Frantz,
recria após muitos anos de inatividade, os Campeiritos.
O Grupo,
o Desgarrado também aparece nesse momento e surge a voz do Antoní Pereira dos
Santos. Este grupo foi fundado pelo radialista e advogado, o amigo Luciano
Reyes.
Em 1996,
surge um trio que encantou o Rio Grande e a Europa. Alma Gaúcha, campeão do
Fegart deste ano e após destaque na Espanha e na Rússia. Era formado pelos
irmãos, Zoraia, Cristina e Antoní Pereira dos Santos.
As duplas,
trios e quartetos que animavam nossos CTGs, infelizmente ficaram tão somente na
memória. Os programas radiofônicos, que incentivam a formação musical dos
jovens já não existem mais.
Está aí
mais um pouco das minhas memórias. Pensemos nisso!
ANTONIO PEREIRA
DOS SANTOS – Professor e tradicionalista.
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