quinta-feira, 15 de março de 2018


                               HISTÓRIA DA MÚSICA II- MINHAS MEMÓRIAS!

Na continuação da história da música e sua correlação com a música gaúcha, nas minhas memórias, lembro da Dupla Mirim, depois se tornou os Mirins, com a formação primeira em 1958, de Francisco Castilhos com 14 anos e Albino Manique com 12.
Esses meninos foram sinuelos para muitos outros guris, que na época, difícil para a nossa música, despertaram a veia artística nas duplas que se iniciavam.
                Aqui em Santa Cruz, surgem o Cliff e o Joãozinho na Dupla Os Araganos. Nesta mesma época, já cantavam Santa Cruz, Garoto e Garotinho, na mistura da música sertaneja e popular Brasileira, mas buscando, a identidade própria da música terrunha.
                Campeiro e Campinho seguem seus passos, Pereira e Pereirinha fazem os seus ensaios iniciais, Cereja e Cerejinha, (Cerejinha é o amigo Dorival de Oliveira Ramos), Tropeiro e Tropeirinho (Eli e seu irmão Antônio Teixeira), Scherinha e Maringá, após a morte trágica do Cereja num acidente de trem, (Scherinha é o amigo Eliceu Werner Scherer e Maringá é o mesmo Cerejinha com outro codinome).
Neste segmento, na década de 1970 aparece a dupla Cambaú e Piraci (Cambaú era o soldado Figueiredo, na ocasião prestando o serviço militar no Exercito e faz dupla, muito boa por sinal, com o amigo de saudosa memória, Artur Teixeira.
                Alem das duplas, começam também a surgirem trios e quartetos na maioria das vezes, a dupla de violas ou violões, acrescenta um acordeonista para harmonizar ainda mais a música. Surge Cataúba, Itaúba e Zequinha no acordeon (o Zequinha, irmão do amigo acordeonista Lídio Frantz), Cataúba era o brigadiano Nascimento, já na pátria espiritual, Itaúba o mesmo Dorival, e a dupla os Araganos acrescenta o maestro Marciliano José Rodrigues, no violino.
                A partir de 1977, uma nova fase na música surge. Começam a aparecer os grupos musicais com a fundação do conjunto Os Nativos do saudoso Valdir dos Santos, pioneiro neste estilo. Até este ano, as entidades como CTGs e afins, tocavam seus bailes e fandangos com a prata da casa tendo uma palhinha das entidades coirmãs.
                Na década de 1980, é fundado pelo Hilário dos Santos e Braulo Brasil, Os Campeiritos, logo após, Geraldo Schmidt funda Os Buenachos, Os Filhos de Santa Cruz, fundado por Derli Silva, hoje pastor da Igreja Quadrangular, Vozes do Campo com o Vacaria e seus Irmãos, com o acordeon da esposa Virgínia.
                Na década de 1990 surge os T4 (os quatro Tropeiros), Cliff, Amaury, Sérgio e Celson de Lima, recordam em quatro vozes distintas, com músicas do saudoso Euclides Pereira Soares, arranjos do Cliff, os tempos idos vividos no CTG Tropeiros da Amizade.
Neste mesmo tempo, é fundado pelo amigo Ademir Kretzmann, Os Tropeiros, mudando com o passar do tempo para o Grupo Sinuelo. Também nesta década é criado pelo amigo Tito Lopes, o Grupo Alma Campeira, mudando o nome após a mudança do milênio, para Toque de Vaneira.
Surge também nos últimos tempos, os Novos Tropeiros com o acordeonista Leonas e o Baixista Leléo. Lídio Frantz, recria após muitos anos de inatividade, os Campeiritos.
                O Grupo, o Desgarrado também aparece nesse momento e surge a voz do Antoní Pereira dos Santos. Este grupo foi fundado pelo radialista e advogado, o amigo Luciano Reyes.
                Em 1996, surge um trio que encantou o Rio Grande e a Europa. Alma Gaúcha, campeão do Fegart deste ano e após destaque na Espanha e na Rússia. Era formado pelos irmãos, Zoraia, Cristina e Antoní Pereira dos Santos.
                As duplas, trios e quartetos que animavam nossos CTGs, infelizmente ficaram tão somente na memória. Os programas radiofônicos, que incentivam a formação musical dos jovens já não existem mais.
                Está aí mais um pouco das minhas memórias. Pensemos nisso!
     ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS – Professor e tradicionalista.
       (Email, toninhosantospereira@hotmail.com; Blog, WWW.allmagaucha.blogspot.com; Twitter, toninhopds).

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