quarta-feira, 13 de maio de 2020

Escola e Família.

                                                    Escola e família!

 O que é limite?
Esta é uma questão muita complicada para os padrões de hoje, quando refletimos de como era antes em tempos remotos e não tão remotos assim.
Salvo melhor juízo, tenho a impressão e a certeza de que dar simplesmente por compensar, porque não teve na sua infância, não é o caminho. Impor, da mesma forma, não ajuda porque a criança só  vai obedecer pelo medo e no momento que perder esse medo, vai extrapolar e se vingar de seus pais e ou professores. Construir. Aí estará a chave do enigma. Esse sim o melhor método de construção de uma sociedade melhor. Portanto, dar, impor ou construir (dic) com toda a convicção, o construir, juntos, pais, filhos e escola e‘ com certeza a melhor solução e então nosso planeta poderá ser salvo.
Quando um filho “apronta” ou faz as suas artes, na maioria das vezes está pedindo socorro. Ajudem-me, por favor. Dêem-me limites. Eu preciso de ajuda. Os pais mais preocupados em sustentar a casa, em dar aos filhos o que eles próprios não tiveram, não acordam para esse pedido, não socorrem seus filhos da maneira correta e aí se vêem perdidos quando os seus rebentos se tornam adolescentes e não os respeitam mais.
Aí está uma grande questão que precisa ser resolvida com diálogo, com muita sinceridade, com muita paciência e com muita compreensão.
Se pais, filhos e escola se unirem para construírem juntos, uma nova sociedade, será uma grande revolução na educação, porque só a verdadeira educação salva este país. É preciso, pois, fazermos uma grande reflexão: qual a minha responsabilidade, o que eu necessito fazer para melhorar este estado de coisas. Depois então, mãos a obra. Cada um na esfera de suas atribuições fazer o que lhe compete como verdadeiro cidadão e crente de que poderá com muito esforço mudar o caos que se tornou esta relação de pais, filhos e escola.



                                                                                  ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS
                                                                                                   

terça-feira, 15 de outubro de 2019


                                  TRADIÇÃO GAÚCHA NÃO É INVENÇÃO!

                Quando o saudoso Paixão Côrtes, mais 7 cavaleiros e mais um a pé, resolveram criar a Chama Crioula, retirando uma centelha da Pira da Pátria em 7 de setembro de 1947, fazendo então a primeira Ronda Crioula do Rio Grande, era para lembrar as antigas estâncias de onde, inclusive ele tinha vindo.
                Lembrava do fogo de chão, das tertúlias, enquanto o gado descansava à noite nas tropeadas daqueles tempos.
                Em 1948, quando da fundação do primeiro CTG, foi ainda inspirado nas antigas reminiscências deste saudoso passado. Patrão, capataz, sotas-capatazes, agregados das pilchas e invernadas são nomenclaturas dadas as direções das entidades tradicionalistas.
                As lanças que usavam nas guerras, revoluções e caçadas eram agora, também usadas para os peões dançaram a chula. Isso não é invenção! Acontecia nos primórdios da terra gaúcha.
                Meu avô, Eduardo Pereira dos Santos que só conheci por fotos, nasceu em 1864 e só andava de bota e bombacha. Meu pai, José Altivo dos Santos, nascido em 1889, da mesma forma na herança de seu pai, rigorosamente pilchado, tropeava pelas coxilhas e canhadas deste garrão brasileiro.
                A mesma indumentária usada mais tarde por Paixão e seus seguidores. Isso é invenção? Não, com certeza, não! Isto é tradição, passada de pai pra filho, de geração em geração, com respeito aos mais velhos, às autoridades, à palavra empenhada, eram apanágio daqueles tempos e as entidades desde 1948, com a fundação do 35 CTG, tem suas bases em cima de tudo isso. Preservação de valores, de honra e dignidade, acima de tudo!
                A Guerra do Farrapos, é só um pedaço mínimo nesta história que é muito maior. De acertos e erros como todas as guerras, ela enaltece o espirito guerreiro deste povo, que foi forjado em defesa de suas fronteiras desde 1737, defendendo como baluarte deste confim da Pátria, das invasões estrangeiras numa terra sem lei. Mas os homens dessa época, tinham palavra e a honravam, isto a história está cheia de exemplos!
                Inferindo, deturparem as tradições que são imutáveis, em cima de um fato, que tem dois lados, que não está amplamente comprovado, haja vista o opinião de muitos historiadores comprometidos com a verdade histórica e não só daqueles com visões destorcidas e acanhadas que procuram deslustrar e manchar a honra de pessoas que não podem se defender, é uma verdadeira heresia!
                Portanto, gaúchas e gaúchos desta querência levem seus filhos aos CTGs porque a história viva de nossos avoengos está alí, em defesa da família que é a sociedade em miniatura e que devemos preservar.
                Um Te Deum aos meus bisavós Balduino Pereira dos Santos e Prudência Maria da Conceição (ele nascido em 1839 e ela em 1841 e meus avós Eduardo e Bela Aurora (1864 e 1866) e aos mais próximos, meus pais José Altivo dos Santos (1889) e Maria Eufrásia Falleiro dos Santos(1907), que nas suas andanças teatinas, viveram essa época legando aos seus pósteros o fato folclórico que após vinte e cinco anos virou tradição e não modismo.
 Consubstanciando então, Tradição Gaúcha não é invenção, senhores da guerra, porque “Ninguém colhe um presente nem semeia um futuro, se não houver um passado”!

quarta-feira, 26 de setembro de 2018


                                             SAÚDE DO ESPÍRITO!

“Mens sana in corpore sano”. Citação latina que cabe muito bem no arrazoada abaixo.
                A grande massa humana, tem sua rotina de crescimento e a sua marcha evolutiva, levados a efeito mediante o impacto dos acontecimentos menos felizes.
                Quando em dificuldade procuram refúgio espiritual. Quando o óbice passa, esquecem dos rogos e suplicas. A dor, é mecanismo evolutivo inerente às faixas inferiores do crescimento humano. Aqueles que estão mais adiantados, não necessitam mais a dor para o seu desenvolvimento.
                No entanto, pode ser por adesão a uma nova proposta que dimana de cima e não precisa, por isso, ser pela dor e sofrimento.
                Precisamos aprender logo não mais pelo choque de emoções fortes, mas, pelo componente assimilativo na busca infrene do amor. Antes, quem nos ensinava era a vida. De tanto machucar o pé, o homem aprendeu que precisava contornar a pedra e não a chutar.
                 A proposta, é, pois, aprendermos uma nova sistemática de viver, apropriando conteúdo, experienciando e ingerindo conhecimentos, implementando medidas, gravando informações, praticando e avocando valores para a essência do nosso ser.
                Com isso, podemos ter uma evolução sem dor pela erradicação do vício e mediante a incorporação de virtudes inerente ao ser na sua essência maior.
                A doença, portanto, é o resultado de um distanciamento do ser humano da sua própria espiritualidade. Nós somos seres espirituais e temos transitoriamente um corpo físico.
                Busquemos a saúde como resultado de nossa própria reforma interior. O eu Divino transparecerá como dádiva de luz resplandecente e amorosa.
                Deixemos de lado nossos conflitos existenciais que adoecem nossa alma e corpo somático para termos uma vida mais feliz. Pensemos nisso!
     ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS –Professor e tradicionalista.
     (E-mail, toninhosantospereira@hotmail.com; blog www.allmagaucha.blogspot.com; twitter, toninho.pds)

quinta-feira, 23 de agosto de 2018


                                                                 VIDA QUE SEGUE!

                Uma nova caminhada se visiona lá longe, onde um vulto aparece como uma assombração na divisa entre o real e o imaginário.
                Enquanto isso, rumino minhas reminiscências no andar do zaino garboso que me leva a lugar de sonhos de algo fugidio, que parece escapar pelas mãos, assim como a água escorre sempre, não formando poças de retorno daquilo que passou.
                Porque viver aporreado nesta sina, que a própria história relata, como se um filme passasse em sua retina, ainda acostumada ao tropel da cavalaria em revoluções a ponta de lança, garruchas e carabinas, se tudo ficou no olvido dos remanescentes incautos e que perderam o viés do caminho, malgrado a exemplificação precedente.
                Coisa de matuto! Será? Não seria a malsinada regra geral que a tudo contamina num roldão de energias perniciosas, como se tudo fosse normal, perdendo a confiança e a esperança, nos rumos certos, num reponte de campo vazio onde se estradeia o nada, como se fosse tudo!
                A energia funesta, ainda campeia no seio de uma sociedade ainda febril, pelo desejo da posse, do poder esquecendo o principal que é o ser, na legitimidade da percepção e o povoeiro, vai acordar do latente sono que se embretou!
                E quando, finalmente acordar poderá ser tarde demais para as devidas correções e alinhavos do trilho percorrido. Mas o inverno vai morrer e a primavera das flores vivas, irradiará um novo porvir de energias sutis, mas inebriantes, mostrando que a chuva limpou os miasmas, domando o potro xucro, chamado solidão!
                Por isso, limpemos nossas mãos e mentes para o novo mundo que se nos apresentará e não percamos a oportunidade, de fazer da nossa vida aquilo que precedentemente escolhemos, como missão precípua desta jornada.
                Assim, seguimos estradeando ilusões, na lobuna madrugada, proseando momentos na magia de novas descobertas, na vida que segue.
Pensemos nisso!
ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS – Tradicionalista.

quinta-feira, 16 de agosto de 2018


                                              O peão e a iniquidade!
                A parceira madrugada, faz morada no intrínseco deste peão, que apela para que o tempo afaste a amargura da espera longa e triste, de algo que ele mesmo não entende.
                O índio vago, teme a solidão ao mesmo tempo entende, que domar os próprios instintos faz parte da caminhada e que tudo se encaixa no turbilhão, que por vezes o envolve.
                Mas que sofisma é esse? A maldade parece que impera nos corações da humanidade na íngreme evolução, quando a brutalidade parece não ter fim, beirando a irracionalidade do tempo das cavernas, onde só o instinto predominava!
                Onde está o homem, que foi criado para domar seus mais brutais egos e que não se sustenta no mar de idiossincrasias que se embretou, dando vazões as vorazes carantonhas de que se vê possuído!
                Sem guarida, busca desenfreado uma luz no fim do túnel e nada enxerga, além de suas próprias iniquidades e irrelevantes desejos e a lama modorrenta e fétida, encobre aquilo que de mais nobre possui.
                É assim que vaga os chamados mortos vivos que desnorteados, sem rumo, só veem a sua própria desgraça em meio as chagas que se meteu e como monstros que se tornaram, cometem desatinos inomináveis, como os leões na África selvagem, predador sem piedade da pobre gazela indefesa.
                Com esta nostalgia, o peão acorda da inflexão pela atualidade cruel do homem insensato, em busca de prazeres insanos que só uma alma perdida almeja.
                Não, não é assim! Atiça o fogo parceiro velho e busquemos como o lírio o faz a brancura do ser no íntimo maior que é a seiva do ser criado para o bem, na legítima acepção da palavra e saibamos separar o joio do trigo.
                Assim como o velho peão, arrinconado no seu próprio eu, busca uma nesga de luminosidade que vislumbra logo ali, busquemos através da roda dos mates conversados, a crença que a galope, a justiça se fará àqueles perdidos nos escombros da maldade e que serão expulsos, como chagas pestilentas dessa humanidade!
                Por isso, excluo a solidão que me abordava e no conspícuo, vejo luzes e no andejo das minhas lembranças, sinto do abraço Divinal o consolo Maior! Assim é a vida, quando parece tudo perdido, logo ali, estará a solução e um novo começo nos espera.
Pensemos nisso!
              ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS – Tradicionalista.

quinta-feira, 9 de agosto de 2018


AINDA NOS DEVANEIOS!

                Quando o rancho anda silente, ouço a voz do tempo que se arrasta, aonde a saudade vai mermando até sumir-se no horizonte, perdido no ermo das ilusões das paisagens perdidas.
                A rédea, feita de sisal para domar o potro das ilusões, marcou indelevelmente a jornada, enquanto amanuncia a tropilha desgarrada, nos relatos da história avoenga.
                Na ficção do passado hercúleo, onde se vivia a estância crioula e seus costumes barbarescos, também existia algo inefável que suavizava aqueles tempos. O laço que se criava entre pais e filhos, o amor intrínseco que latente, podia a qualquer instante, desabrochar como a rosa na primavera, inebriante no olor de seu perfume.
                Mas, o dia passa depressa no desvario do caminho e a noite chega logo, na depressão das mágoas do cantador da campanha que, debruçado no sobral da janela, contempla a escuridão assustadora e tétrica que, encobre segredos que o túmulo levará à eternidade.
                Entretanto, esse é o meu jeito de levar a vida, abrindo o fole de minha gaita para sentir seu som junto ao peito vazio, das amarguras da vida maleva. Não há cura? O mal do coração é de difícil acesso, porque sem afago e sem amor, tudo se perde no breu da alma, sem entrever miríades do céu estrelado, em noite de luz cheia, iluminando o rumo do peão teatino.
                No entanto, o relho e a espora dão lugar às flores que, inebriam os ares tornando o existencial respirável e então o potro solidão, dá lugar ao preenchimento do vácuo que existia no imo do ser. É assim, que segue o guapo que não dobra a espinha, pelo orgulho do passado de ancestrais, que ficaram tão somente, nos quadros das paredes caiadas, dos tempos imemoriais.
                Mas, sobressaio no meio das cinzas, na coivara da tapera que ficou no ermo das quebradas, nos longínquos rincões das plagas, porque agora arrinconado no meu catre vazio, ainda permaneço, nos devaneios dos acordes da velha sanfona, companheira fiel dos mates solitos.
Pensemos nisso!

ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS- Tradicionalista.

quinta-feira, 2 de agosto de 2018


                                                            HOMEM OU MULHER!
                Fiat lux, segundo o Gênesis, primeiro livro Bíblico, Deus após a criação do Céu e da Terra, teria feito surgir o dia, a partir desta enunciação.
                E após o sétimo dia Deus, do pó criou o homem e deste fez a mulher e a partir de então será uma só carne. Ainda segundo o Gênesis nove: Deus abençoou Noé e seus filhos: “sede fecundos, disse-lhes Ele, multiplicai-vos e enchei a terra”.
                Em cima desses ensinamentos bíblicos, deduzo que não é por acaso que o homem foi criado homem e a mulher, criada mulher.
Na hodiernidade dos tempos, criou-se uma nova ideologia chamada por alguns filósofos de “Ideologia de Gênero”, em que a criança pode escolher desde tenra idade, o que ela quer ser, masculino ou feminino, ignorando o principio da criação, como se tudo acontecesse pelo acaso.
                Ora, será que existe o acaso na criação Divina? É lógico que não! Tudo tem uma razão de ser. A felicidade que procuro com todas as forças é relativa ao planeta que pertenço!
                Portanto, nascer homem ou mulher, faz parte dessa trajetória quase infinda, das relações que trago desde meu nascimento há milhares de anos, até tornar-me um ser angélico!
                Como ser imortal que sou, passo por todas as fieiras de dificuldades, para resgatar os descalabros dos cometimentos anteriores, que dormitam em intermitente ebulição nos recônditos de minha alma em constante evolução!
                Sem menoscabo e julgamentos de quem quer seja e sim na firme convicção dos postulados Cristãos, cada ser que renasce no orbe, tem uma rota a desenvolver independente de seu sexo e terá que fazer sacrifícios sim, para cumprir seu desiderato, na conjuntura das programações precedentes!
                Inferindo, acima das questões temporais, há sempre um motivo, que transcende o nosso entendimento, para termos nascidos, homens ou mulheres!
                Pensemos nisso!
ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS – Tradicionalista.