quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

                                                              CONFLITOS.

                Existem pessoas, que muitas vezes de forma inconsciente, querem se arvorar em defesa da humanidade sofredora, mas de forma errônea, pegando os problemas para si, daquilo que ocorrem ao seu redor ou pelo mundo afora, como traições conjugais, entre outras coisas.
                Então, culpam seus cônjuges que servem como bodes expiatórios e a culpa se espalha para os filhos, fazendo a família inteira sofrer com esta pseudo defesa de outrem.
                Consideramos isso como uma autodefesa precedente ao fato acontecido, isto é, antes que ocorra algo vamos nos prevenir. Sucede que com tal procedimento estamos fazendo sofrer àqueles a quem amamos, sem nenhuma necessidade.
                A nossa autoestima cai e a defesa é o ataque, acusando os outros por aquilo que está em si próprio e os que estão pertos, são os que mais sofrem. É preciso ser mais amável e mais amado.
                 Didaticamente, podemos dividir em duas fases esse comportamento: o ego diminuído e superego valorizado.
No primeiro item, passamos a acusar todo mundo dos fracassos de pessoas que nos rodeiam, criando ao mesmo tempo um escudo ao nosso redor, numa verdadeira autodefesa inconsciente, ficando insensível a todo e qualquer apelo daqueles que, sinceramente querem o nosso bem verdadeiro. É preciso reflexionar sobre isso!
                No segundo item, achamos que podemos consertar todos os erros da humanidade, menos o nosso, é claro. Ativados e cheios da razão, estamos criando fatores conflitantes que podem causar doenças degenerativas e suas consequentes sequelas, assim como, também aumentam as dissensões familiares, as pressões psicossociais, religiosas, culturais e até econômicas.
                Não podemos transformar o mundo, a não ser começando pela própria reforma íntima, isto é, em se “Consertando o homem, consertamos o mundo”.
                Por isso, faz-se mister sair desse casulo e despertar para a emoção superior onde vigora a paciência, onde brota o amor, preenchendo os espaços emocionais, antes ocupados em culpar alguém, pela nossa própria incúria e imprevidência,
                As tendências nobres precisam ser liberadas, enquanto dilui àquelas de natureza inferior.
                Quanto mal evitaria se não ultrapassássemos os limites que o próprio Cristo nos ensinou, quando nos direcionou para a verdadeira caridade!
                “Benevolência para com todos, indulgencia para com as imperfeições alheias e perdão das ofensas”. (BEINPE).


                                                                 CORRUPÇÃO, EU?


                Analisando corrupção na sua legitima acepção, buscamos no Aurélio, sua concepção: ato ou efeito de corromper, alterar, adulterar, perverter, viciar, tornar podre, suborno...
Então onde tudo começa? Em cada um de nós! Afirmação polêmica talvez, mas, pensemos um pouco!
                Enquanto no trânsito, só para dar um exemplo bem prático, estou aguardando uma vaga para estacionar, sinal ligado e tudo mais. Quando de repente outro automóvel, lógico, dirigido por alguém te ultrapassa e ocupa tua vaga! Há um acordo tácito, social que esta vaga não era dele e, no entanto, ele a ocupou, usurpando o direito moral que era meu!
                Isto é uma forma de corrupção, através de uma atitude ilícita, tirando vantagens para si.
                Não precisa estar escrito em lugar algum, porque está na consciência de cada individuo. No entanto dizem todo mundo faz! E daí respondo: Será que está certo parceiro? Esta atitude não fere a cidadania real?
                 É preciso respeito mútuo em todas as circunstâncias, mínimo que sejam para que possamos conviver pacificamente, sendo gentis, cordiais, sabendo que o outro é igual a nós com os mesmos defeitos e virtudes, as mesmas apreensões, com família que os ama, como a nossa.
                Não obstante tudo isso, vivemos tentando tirar proveito da inocência de nossos irmãos que não tem a nossa “malandragem”, contudo, nosso coração, com certeza, fica amargurado, porque nossa essência é boa, é divina e as consequências, mais dia, menos dia virão em forma de uma melancolia, uma tristeza inexplicável que pode nos levar a uma depressão!
                Portanto, não adianta acusar a outrem, atirar pedras e agredir, se faço as mesmas coisas, se ajo de forma idêntica àqueles, aos quais critico, aos corruptos, que acuso em altos brados, se no íntimo, sou igual: “como túmulo, caiado por fora, mas podre por dentro”!
Se quero mudar o mundo, começo mudando a mim mesmo!

ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS – Professor e tradicionalista.

(Email, toninhosantospereira@hotmail.com; blog, WWW.allmagaucha.blogspot.com; twitter, @toninhopds)

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

                                                     COISAS DA VIDA!

                Quando eu era pequeno, meu mundo também era pequeno. Meu horizonte era restrito e eu me contentava com muito pouco. Bastavam-me as brincadeiras de mocinho e bandido, colher frutos silvestres, brincar de Tarzan, jogar futebol, nadar nas águas correntes e límpidas do riacho que passava por entre a mata, praticamente virgem e ainda não derrubada, para a construção de casas e apartamentos.
                Responsabilidades, ah! Isto era com os mais velhos, principalmente nossos pais. Quando eu era pequeno, o tempo também era diferente. Não tinha toda essa pressa, andava a pé, andava a cavalo e também de carroça e isto era o máximo.
                Para se andar uma légua, levava-se, mais ou menos, uma hora e ali estava a felicidade. Hoje, parece que perdemos aquela alegria de criança, aquela inocência juvenil. A pressa agora, governa nossa vida, a impaciência impera e queremos chegar logo a todos os lugares.
                Os nossos carros, hoje parecem foguetes. E então, corremos de um lado para outro, feito baratas tontas, para chegar num destino e não fazer nada. Quando vamos à praia, por exemplo, fazemos das nossas estradas, verdadeiras pistas de corrida, depois pegamos uma cadeira, nos esticamos a beira-mar, com todo o tempo do mundo!
Então, por que correr? Quantos diariamente não chegam ao seu destino? É de se pensar, não é mesmo?...
Agora, depois de crescido, o mundo se tornou enorme, aquele meu mundo pequeno, já era. A globalização de tudo, até dos costumes, da má educação, da marginalidade, da inversão de valores, faz com que tudo pareça normal e até nosso interior, já está infectado.
                Será este o preço que teremos que pagar para termos progresso? Dias destes ainda, observando uma turma de jovens de 12, 13 e 14 anos quando saiam de uma escola, fiquei pasmo com sua atitude. Chutavam tudo que encontravam pela frente, jogavam copos de plásticos pelo chão, certamente não com alegria própria da juventude, mas como protesto por algo ou por alguma coisa, que não tinham gostado.
                O mundo deles, certamente não foi e não é igual ao meu, quando eu era pequeno!

          ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS – Professor e tradicionalista.

         Email, toninhosantospereira@hotmail.com; twitter, @toninhopds; Blog, WWW.allmagaucha.blogspot.com). 

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

                                                                     REFLEXÃO NATALINA

                          A reflexão do Natal, nos trás pensamentos no paradoxo das inflexões impositivas da espiritualidade superior, onde cantos divinais sobrepõem às amarguras do dia a dia da vida atribulada.
              Finalmente nasce o Avatar mais impressionante que a humanidade já conheceu. Aquele que viria mudar o mundo e até o tempo, de antes e depois Dele.
               Contudo, na sombria noite da agonia, relutamos na inconcebível distância do Criador. Por que a humanidade parece tão desnorteada da visão cósmica a nós proclamada pelo Divino Mestre? Será que ainda não encontramos o caminho real?
            Nas fagulhas das minhas relembranças, me vejo a escutar minha saudosa mãe, no longínquo Ligeiro, lugarejo no interior de Barros Cassal, que dizia: “É o menino Jesus que está vindo de novo através de seu renascimento em nossas vidas”.
                Cristo inspira amor. Amor fraternal entre pessoas e nações. Com certeza, Ele fica triste quando vê aqueles que deveriam amá-lo, ainda na prática “do olho por olho e dente por dente”.
Religiões que pregam cizânia entre pessoas, com certeza, não é religião. Indivíduos possessivos com orgulho assoberbado que impõem suas ideias, em detrimento à concepção de outrem, contribuem para a derrocada do ente indivisível, que traz no seu frontispício a marca da Suprema Glória.
 Então nesse Natal, vamos parar! Chega de correr. Porque tanto Noel, tanta ansiedade em TER, se a principal finalidade é SER!
Quem aniversaria afinal! É o grande Mestre da humanidade que nunca pregou desamor, truculência, violência, guerras. Ele só quer a Paz!
Será que Ele renasceu como morreu? Pregado numa cruz? Claro que não. Ele agora sorri, Ele agora nos abraça, Ele agora nos diz: Vinde a mim todos os que sofrem, porque Eu sou o consolo, “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”.
Vamos finalmente encontrá-lo. Mas como?
Fazendo a paz acontecer.
Ele agora sorri de novo. O Planeta Terra ressurge revigorado, pois que seus moradores, agora sim, entenderam sua mensagem de harmonia universal.
Pensemos nisso!

ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS – Professor e tradicionalista.

(Email, toninhosantospereira@hotmail.com; Twitter, @toninhopds; blog, WWW.allmagaucha.blogspot.com).

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

                                                                      FULGORES!

Sonho, no parceirar de melodias que a vida é um sentimento, às vezes dúbio de colóquios e segredos, sussurrados ao ouvido.
Sentimento sim, no caminho incerto das encruzilhadas das escolhas. O que a vida reserva afinal?
Serão minhas referências que irão decidir o rumo!
Sentimento de tristeza me assola então, por não entender do maniqueísmo das ilusões temporárias, que parecem permanentes.
E agora! Que ironia, ainda resta a saudade. Mas notem, não sei bem do que!
No sonho aparecia a soledade, mas eu estava feliz. Corria pelos prados verdejantes no grande mundo, que era só meu. Que felicidade inocente!
Acordo, entretanto e volta o gosto amargo da atualidade inconsistente, do universo que o homem construiu, a sua maneira, na correria desenfreada de algo que nem mesmo ele sabe.
As nuvens pretas anunciam temporal. Será a limpeza dos sentimentos embotados para que, volte o matiz da vida como ela realmente é?
Inexorável, eterna, segue a história e nossos ancestrais que viveram o seu tempo, almejam, com certeza, que seus pósteros, aprendam com seus exemplos. Mais um sonho, será?
Não, é a realidade. Vou seguir tocando o rodeio da vida, na sesmaria do horizonte largo com um sorriso nos lábios umedecidos pelo frescor do aroma da brisa morna que faz triunfar fulgores luminescentes das arvores, nas madrugadas temporanas da pampa nobre!
Se isso é felicidade, então estou feliz!


Antonio Pereira Dos Santos – Professor e tradicionalista.

 Blog www.allmagaucha.blogspot.com / twitter; @toninhopds

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

                                                                 TRISTEZAS!

                As agruras, não são mais do que expiações do carma individual a que cada um de nós está à mercê.
                Juntando as incontinências da vida, parece que claudico em busca de um porto seguro, diante de tantas aflições, que deixa o coração acabrunhado.
                Conseguirei sozinho domar a inconsequente leva de decepções e atropelos que me deixam melancólico, por sentir o desabono de atitudes, de escárnio e desprezo no ajojo de descabidas proporções?
                No retouvo das ausências, longe das casas, na invernada grande que abriga os mausoléus das mágoas pendentes, necessário de faz, laçar, não obstante o gado xucro, as incertezas da alma perdida, na tenebrosa escuridão que nos embretamos.
                Senhor de minhas ações, tapeio meu chapéu na testa e sigo em frente, na pauta de ações que não me afasta da verga, destarte o vento maleva que trás furacões, mas também, limpa pensamentos na maquiavélica ordem inversa de valores, quando na carreirada, onda voraz e turbulenta, parece varrer todo resquício ético moral da alma humana.
                Retouçando ao galope, a felicidade finalmente me encontra na alegria de momentos vividos, que se tornaram eternos pela beleza neles contidos.
Ah! Então isto é a felicidade?
                Tristeza, então vá embora. Sorvo, mais uma vez um mate, agora com a alma lavada, na inspiração que brota, quando do relincho do potro criado guaxo, renascendo para a vida que prossegue infinita.
                O bojo infecto transformou-se em lírio, belo, alvo e as amarguras se dissiparam levadas agora pelo abençoado minuano, dono dessas plagas.
Finalmente, me encontrei comigo mesmo!

   ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS – Professor e tradicionalista. (Email, toninhosantospereira@hotmail.com; blog, WWW.allmagaucha.blogspot.com; twitter, @toninhopds).

                

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

                                                               SER INTEGRAL


                No incomensurável cosmos, buscamos incomparáveis efeitos da nossa insensibilidade intuitiva, quando indefinidamente queremos o ser integral, perfeito e percebemos da grande dificuldade encontrada.
Por quê? Porque parecemos perdidos, num mar tenebroso de dúvidas, que nos consome.
Aí, na centralidade de nossos pensamentos, achamos que somos os únicos, que somos interpenetráveis que ninguém nos percebe.
Então, podemos tudo fazer, sem prestar contas, a quem quer que seja no determinismo que auto projetamos.
No entanto, há algo muito maior, que nos aguarda na infinitude do pensamento humano, advindo do Criador de tudo, que emana sabedoria na pequenez do nosso conhecimento atual.
Busquemos, pois, a integralidade do homem, no cosmos que nos coloca nos patamares superiores da divindade, que rege todos os mundos.
A violência, que ainda grassa, será um dia banida da humanidade e seremos povos felizes, na fraternidade que unirá todas as raças e povos.
O ser integral, contudo terá que ser buscado dia a dia na continuidade dos tempos, desde épocas remotas até todo o sempre.
Pensemos nisso!

ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS – Professor e tradicionalista.

(blog, WWW.allmagaucha.blogspot.com; email, toninhosantospereira@hotmail.com; twitter, @toninhopds)