terça-feira, 23 de novembro de 2010

DILÚVIO

          Segundo as cronologias, é de 1656 da criação, ou seja, 2348 anos antes de Cristo, o dilúvio.
Preocupa-se a ciência com esse cataclismo que teria dado origem a grandes transformações geológicas, indaga-se científicamente da existência dessa gigantesca inundação universal em que Noé, obedecendo a um imperativo divino, salvou os seres que habitavam a terra.
É o Gêneisis (livro sagrado da criação) que dá notícias do dilúvio. Em seus capítulos está assim descrito o grande cataclismo: "Deus disse.... faz uma arca de madeira cipreste, onde disporás compartimentos que tu vedarás com betume por dentro e por fora..... Noé obedeceu, e por uma ordem de Deus, tomou consigo sua mulher, os seus três filhos e as suas três noras, 7 casais de todos os animais puros que viviam sobre a terra, quadrúpedes, répteis e aves e dois casais de todos os animais impuros; depois tendo-se munido de todo alimento nutritivo entrou na arca, onde Deus o fechou. Todas as fontes do grande abismo e os diques do céu foram abertos, e choveu sobre a terra 40 dias e a 40 noites...as águas as mais altas montanhas que estavam debaixo do céu. As águas permaneceram sobre a terra durante 150 dias...Enfim, a arca descansou sobre as montanhas do Ararat..."
      Teria o nosso globo assistido a essa  grande inundação? O famoso geólogo Suesse localiza o dilúvio no curso inferior do Tigre e do Eufrates. Em Berlim, perante a Academia de Ciências, o sábio alemão exigiu provas de suas investigações. Outros geólogos identificaram o dilúvio mosaico com as inundações que foram uma das últimas transformações físicas do globo. Apesar de certos fatos científicos confirmarem a narrativa do dilúvio, no gênesis, sábios eminentes (a maioria pelo menos) sustentavam que üma inundação verdadeiramente universal era impossível na época quaternária, visto que o relevo do solo não foi cientificamente modificado, e que nào existe de tal cataclismo nenhum vestígio material". "As conchas, os corais e outros objetos marinhos, encontrados nos cumes das montanhas, seriam provas da realidade histórica do dilúvio. Até fins do sec. XVII, era opinião universal que o dilúvio, relatado nas sagradas escrituras, havia de fato estendido a toda terra e destruído toda a raça humana, com exceção de apenas uma família. O relato caldeu, descoberto por Jorge Smith, apresenta uma grande semelhança com a história bíblica". (Enc. Mérito). Teólogos famosos discutem o assunto à luz do Gênesis e sábios eminentes procuram a  prova material desse acontecimento que se perde na noite dos tempos. Investigadores do dilúvio acreditam que os restos da arca de Noé estejam sobre as rochas do monte Ararat, nas costas da Turquia asiática. Sob a chefia do dr. Smith, geólogo norte-americano, uma expedição atingiu 14600 pés de altura do Ararat, mas nada encontrou. Segundo o texto bíblico, Noé viveu no sec.XXX antes de Cristo. Teve três filhos: Sem, Cam e Javé. Após o dilúvio, dedicou-se à agricultura e morreu aos 950 de idade.
                                                Antonio Pereira dos Santos é professor de Estudos Sociais e historiador.   

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