quinta-feira, 13 de novembro de 2014


                                                                     ATS E ENART!

                Em 19 de junho de 1995, foi fundada a Associação Tradicionalista Santacruzense (ATS), com a finalidade de unir esforços em prol do tradicionalismo em nossa cidade. Nesse mesmo ano, fomos convidados pelo conselheiro do MTG, Dirceu de Jesus Prestes Brizola, para concorrer ao conselho diretor deste Movimento, na chapa de oposição, órgão máximo do MTG - RS. Consultamos nossa base que era a ATS. Já que a presidíamos nessa ocasião e fomos fundadores e elaboradores de seu Estatuto, por unanimidade dos patrões, houve concordância para minha inscrição nesta chapa.

Santa Cruz do Sul, nunca na história, havia sido convidada para tão importante incumbência. O mentor da minha candidatura foi o então coordenador da 5ª Região Tradicionalista, Odilon da Silva Dias. A eleição aconteceu em janeiro de 1996, na cidade de São Lourenço do Sul, tendo, a nossa chapa saído vencedora e sido empossada na mesma data.  Portanto, pela vez primeira, Santa Cruz, tinha um conselheiro, representando nossa cidade, no MTG.

Já nos primeiros meses de 1996, conseguimos trazer para o nosso município, uma reunião do Conselho Diretor do MTG, acontecida no CTG Laço Velho, cujo patrão era o advogado Milton Mohr.

                Voltando um pouco no tempo, aconteceu no mês de junho de 1995, uma Convenção Tradicionalista na cidade de Canguçu e o vice coordenador da 5ª RT na época, Armando Clóvis Gewher, juntamente com o Terra de Bravos CTG, cujo patrão era o Altair Dorneles de Lima, o Tio Teco, assessorados pela Claudia Dias Forgiarini, pediu, nesta Convenção, que Santa Cruz sediasse uma das macrorregionais do Festival Gaúcho de Arte e Tradição (FEGART). O pedido foi aceito pelo MTG e a ATS, recém fundada, assumiu os encargos da realização dessa Macro que aconteceu em 1996.

                Com isso, o Rio Grande do Sul, começou a conhecer nossa potencialidade, a nossa pujança, o espaço físico do Parque da Oktoberfest e o carinho do nosso povo, para com seus visitantes. Isso também, despertou a atenção do novo presidente do MTG, Dirceu Brizola, que sofria agruras, devido ao acanhado parque onde até então se realizava  o FEGART, bem como pelo pouco caso  que o Poder Público Municipal de Farroupilha, tinha com o evento.

                Em 1997, quando já estava tudo pronto  naquela cidade para a realização do 12º Fegart, houve o rompimento da parceria que havia entre a Prefeitura, O MTG e o IGTF. A Prefeitura da cidade de Farroupilha não tinha mais interesse em realizar o Festival, da forma como estava acontecendo. Despesa de mais ou menos 90.000,00 todo o ano, inviabilizavam o evento.

                Então, a diretoria do MTG recorreu a nós, que trouxemos o pedido para a Prefeitura de Santa Cruz, para ver do interesse na realização do mesmo. O prefeito Sérgio Ivan Moraes, juntamente com a ATS, depois de muitas negociações, resolveu assumir o evento.

                A Secretaria Municipal de Turismo Esportes e Lazer, era o principal setor municipal envolvido. Com R$ 30.000,00 cedidos à ATS, começou então, já na metade do ano a realizar o evento. Diga-se de passagem que, estes 30 mil reais, eram uma promessa de campanha do Prefeito Sérgio, aos CTGs da cidade.

Era presidente da ATS, o amigo Armando Gewher. Estávamos preparando, desde o início do ano, o 43º Congresso Tradicionalista do Rio Grande do Sul, que em janeiro desse mesmo ano fomos pleitear na cidade de Santo Augusto, no Congresso anterior (janeiro de 1997).

Com o aval do Prefeito, que se fez representar nesse Congresso, pelo então secretário de Turismo, Elton Griebeler, buscamos a aprovação para sediar, pela primeira vez, um Congresso Tradicionalista em nossa cidade, cuja realização aconteceria em Janeiro de 1998. Imaginem todo o trabalho que teve a ATS para preparar esses dois grandes eventos no mesmo ano. O Armando que me ajudava na preparação do Congresso, já que fui eleito presidente da Comissão Executiva do mesmo, ficou encarregado de preparar também o Fegart.

                 O festival aconteceu no final do mês de outubro de 1997 e o Congresso no início do ano de 1998. Faço, um parênteses pra dizer que, havia mais uma vaga para suplente no Conselho Diretor do MTG e o Coordenador da época, meu amigo Vorni Prestes, indicou o Armando para esta vaga e nesse mesmo Congresso, o Armando foi eleito suplente, bem como ele já tinha sido indicado para ser o 2º vice-presidente do Congresso. Agora, tínhamos dois representantes no egrégio Conselho Diretor do MTG.

                É importante frisar também, que neste Congresso, foi rompida uma parceria que existia há muitos anos, para a realização do FEGART, com o Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore, IGTF, que era encarregado da parte técnica do Festival, fixando parceria agora definitiva, entre o MTG, a ATS e a Prefeitura de Santa Cruz do Sul.

                Pois bem, o 12º FEGART, o primeiro realizado em Santa Cruz, foi um sucesso. A bem da verdade, funcionava da seguinte forma. Todo o evento, era realizado por nossa cidade, ou seja,  pela ATS. Despesas ou possíveis lucros que, até este data, não havia, porque era só déficit, eram por nossa conta. Como disse anteriormente, o município repassava R$ 30.000,00 para a ATS e ela fazia o resto.

As despesas realmente eram grandes e para não termos prejuízos, começamos a cobrar ingressos a preços módicos e alugar espaços. Com isso conseguimos superar as expectativas e já em 1998 na nossa segunda edição, (13º FEGART) colocamos um automóvel pra sortear a quem pagasse ingresso.

                O sucesso do festival despertou a cobiça dos antigos “donos” que se arvoraram para conseguir de volta o FEGART. No ano de 1999, assumimos novamente a presidência da ATS e na metade do ano, quando o presidente do MTG era o tradicionalista Jair Lima, tendo como vice-presidente administrativo, Manoelito Carlos Savaris, a Prefeitura de Farroupilha, conseguiu uma liminar avocando o nome FEGART, como propriedade sua, contra a Prefeitura de Santa Cruz e o MTG.

Foi uma correria novamente, com deslocamentos semanais a Porto Alegre e vice-versa, com a presença do Prefeito, da Procuradoria Geral do Município, através da Dra. Maria Eliana Noronha da Rosa, e nós, representando a ATS para juntamente com a Diretoria do MTG, resolver o impasse.

                Enquanto na justiça se discutia o mérito da questão, foi feita uma pesquisa em todo o Estado tentando viabilizar um novo nome para o Festival, que por sinal, já estava com o material todo pronto com o nome de Fegart. Tudo tinha que ser refeito.

                Numa reunião histórica realizado no MTG em Porto Alegre, no dia 2 de Agosto de 1999, 56 sugestões foram estudadas e o nome, que nós propusemos, com o aval da Prefeitura Municipal, foi o escolhido e aprovado pela comissão especialmente convocada para este fim.

                O estudo, feito por nós, objetivou retirar-se um pouco da competitividade, substituindo o nome “Festival” pelo de  “Encontro” entre tradicionalistas, onde a fraternidade fosse o imperativo.

A partir de então, chamar-se-ia “ENART”, Encontro de Artes e Tradição Gaúcha, até que fosse cassada a liminar da Prefeitura de Farroupilha. Santa Cruz do Sul, ganhava mais uma batalha e, em novembro de 1999, realizava-se o 1º ENART, agora marca registrada de nossa cidade que, firmava-se como polo cultural e artístico do Brasil.

Registramos também, que foi cassada a liminar de Farroupilha sobre o nome FEGART. Porém, o MTG, a ATS e a Prefeitura de Santa Cruz, optaram por não  mais mudar o nome.

                Também é importante ressaltar que, desde a assunção da nova diretoria do MTG em 1999, foi mudada a sistemática para a realização do evento. Até a data acima referida, a ATS com a ajuda da Prefeitura Municipal, preparava tudo. O MTG recebia pronta toda a estrutura e não participava, nem de lucros, nem de prejuízos, como já frisei em parágrafo anterior, como acontecera por 11 anos, na cidade de Farroupilha.

                Portanto, a partir de 1999, o MTG passou a ser parceiro em tudo, inclusive nas reuniões preparatórias, para a organização do evento, em todas as suas fases. Aí, começou a aparecer a mente privilegiada, do então vice-presidente do MTG, Manoelito Savaris, que inclusive, participou de todas as reuniões.

Ao invés do 14º FEGART, tivemos o 1º ENART e as Macrorregionais foram substituídas por Inter-regionais.

                Inferindo, neste pequeno histórico, queremos resgatar um pouco da história deste grande evento, que se solidifica cada vez mais em nosso município, levando seu nome para o todo o Planeta.

                                                                         MEMÓRIAS!

                Aos 22 dias do mês de agosto de 1958, saímos de Barros Cassal, eu, então muito menino, minha irmã Terezinha, mais nova que eu, a Eva, o pai e a mãe, Maria Eufrásia Falleiro dos Santos. O caminhão que trazia a nossa mudança era um F8 do DAER. O meu pai, José Altivo dos Santos, era feitor deste Departamento e estava vindo transferido para Santa Cruz do Sul.

                O pai era muito preocupado com o estudo dos filhos. Em Barros Cassal, na época só tinha curso primário. Os irmãos mais velhos, a Genoveva, esposa do Euclides Pereira Soares, já morava na cidade, há algum tempo e com ela morava o mano Gentil que estudava no Mauá. O mano Flávio, era soldado antigo do 8º RI, hoje 7º BIB, o Dão Real, já estava trabalhando de motorista no DAER e havia casado recentemente com Flora Pereira Prates, agora Pereira dos Santos, a Nega como é mais conhecida. O Cliff, estudava em regime de internato, na Escola Normal Murilo Braga de Carvalho, que formava professores rurais.

                Ficaram ainda em Barros Cassal, o Allão, na época agricultor e a Odir morando no passo do Rio Ligeiro, onde nós tínhamos uma estância.

A Ofhir, morava em rio Pardo, onde seu esposo, Valdomiro Mantelli era barqueiro, isto é, fazia as travessias do rio Jacuí de barca. Ainda não havia sido construída a ponte sobre o Rio. O Adão Régis (Bebeto) estudava no São Luiz.

                Foi muito marcante para mim esta viagem, principalmente a saída da localidade, onde deixamos muitos amigos de infância, todas as brincadeiras, as nossas jornadas pelos poços e matas existentes, comendo frutos silvestres, colhendo pinhão, brincando de mocinho e bandido, de Tarzan, jogando muito futebol, andando a cavalo...

                Ali pelas 15 horas estávamos chegando à rua Gaspar Bartholomay número 212. Faço um parênteses para dizer que a casa onde iríamos morar era a mesma que tínhamos no interior de Barros Cassal (Passo do Ligeiro). Ela foi montada aqui em Santa Cruz do Sul. Uma parte da moradia ficou ainda lá, para moradia da mana Odir com sua família.

                Ficou na minha memória, à hora da chegada em Santa Cruz, o Programa Chegou o General da Banda, animado pelo Egon Iser, onde tocava a música Lichteinstaine Polka. Eu estava no 4º ano primário e fui estudar juntamente com a Terezinha no Grupo Escolar Estado de Goiás.

Foi muito difícil para um serrano, fazer amizades com a gurizada da cidade, mas aos poucos fomos conquistando nosso espaço, primeiro pelo futebol, onde fui apelidado de Garrincha, depois pela boa leitura fiquei sendo o declamador oficial da Escola.

                Em 1959, fui eleito o 1º presidente do Grêmio Estudantil recém fundado. Quando o 1º bispo veio para a nossa cidade, fui o orador oficial, quando da sua recepção no campo do futebol Clube Santa Cruz e a nossa escola com seu Orfeão, comandado pela professora Anita Horn fez as honras da casa à Dom Alberto Etges.

A diretora da Escola na época era a saudosa Prof.ª Elisa Gil Borowsky. As minhas demais professoras, da época, eram, Lúcia Fairon, Cacilda Gruendling, dona Heleninha, dona Cleonice, dona Zaira, dona Célia, etc... .

                Muitos colegas de turma reencontramos na estrada da vida. Foi nesta época que o tradicionalismo entrou na minha vida. O cunhado Euclides Pereira Soares, homem de muita visão, de inteligência impar e de um dinamismo a flor da pele, conseguiu depois de muitas dificuldades, fundar um Centro de Tradições Gaúchas em Santa Cruz do Sul.

domingo, 9 de novembro de 2014

                                      Polêmica? Aparece o autor de Tordilho Negro.
Autor de Tordilho Negro ainda aguarda o justo reconhecimento
AUTHOR Leonardo Nunes DATE 27/10/2014 COMMENTS: Leave a comment
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Dirceu Inácio Pires, ou ...Seu Detio como é conhecido mora em Passo do Sobrado e tem 28 músicas compostas, entre elas Tordilho Negro, gravada por Teixeirinha nos anos 60. A canção narra um desafio aceito por seu tio, Sebastião dos Anjos, para domar um cavalo xucro. O tordilho nascido em Caçapava, foi vendido pelo tropeiro João Lopes para Afonso Becker, do Alto Paredão. O novo dono o deixou largado no campo e o animal ficou arisco. “Um dia tomando cerveja num bar, o Afonso ofereceu o tordilho a quem o montasse sem cair. Num domingo de manhã acompanhei meu tio Sebastião dos Anjos que ganhou o cavalo nesta aposta”, recorda Detio que lamenta nunca ter sido reconhecido como autor de uma das canções mais populares no Estado. A canção composta em 1950, foi apresentada por Detio e pelo gaiteiro Alfredo Tavares durante um programa na Rádio de Rio Pardo comandado por Teixeirinha. Após esta apresentação, Detio nunca mais encontrou Teixeirinha e soube que a música havia sido gravada e vinha sendo executada em várias rádios. Recorda que ficava faceiro quando ouvia sua música tocando, até que um de seus filhos questionou sobre a autoria da canção. Em 1988, Teixeirinha ficou de participar de um programa na Rádio de Alto Paredão e seria a chance do tão sonhado reconhecimento. Mas não aconteceu. “Não existiam direitos autorais na época. Eu gostava de ouvir a canção interpretada por Teixeirinha, mas nunca mais consegui encontrar com ele para ter o devido reconhecimento”. Detio aponta que o próprio Teixeirinha afirmava que a canção era de autor desconhecido. “Nunca tomou para si a autoria, apesar de ter transformado o que era para ser uma valsa, em uma vaneirinha”.
Detio e o gaiteiro Alfredo Tavares viajavam por todo o Estado à cavalo para se apresentarem em fandangos. Hoje, aos 79 anos, continua compondo e canta apenas para os passarinhos. A maioria de suas músicas foram escritas entre os anos 40 e 50 e se referem a suas vivências. Detio espera algum dia gravar seu repertório para seus netos e bisnetos guardarem, ou algum interessado em interpretar.
A canção Tordilho Negro faz sucesso até hoje. Foi gravada por diversos outros artistas, como o grupo Os Serranos e pelo cantor Mano Lima.

quarta-feira, 5 de novembro de 2014


                                                    GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA!

                Porque tantos jovens estão sendo jogados na sociedade nos dias de hoje sem nenhum planejamento de família? Será pela gestação precoce? Será pela falta de acompanhamento dos adolescentes, para que tenham melhores condições de sustentarem seus filhos?

                Pesquisas nos dizem que cerca de 20% das crianças que nascem no Brasil são filhas de adolescentes. Comparadas a década de 1970, três vezes mais garotas com menos de 15 anos, ficam grávidas nos dias de hoje e elas, não tem condições de assumirem essa maternidade, nem financeiras, nem emocionais. São na maioria das vezes, consideradas crianças indesejáveis, com incidência maior nas populações mais carentes.

                Devido à repressão familiar, em alguns casos, algumas adolescentes saem de casa, abandonam os estudos e o processo de socialização é interrompido, abrindo mão de sua cidadania.

                Estudiosos e autoridades do assunto, concordam que a liberação da sexualidade, do tudo pode, a desinformação sobre o tema, a desagregação familiar, a precariedade das condições de vida, a mídia de forma geral, são os maiores responsáveis por esse estado de coisas.

                Na adolescência está se construindo uma nova personalidade, uma nova identidade. É uma espécie de preparação para assumir o papel de adulto. É preciso administrar a pressa, as emoções e entender as mudanças que estão acontecendo.

Para tanto, faz-se mister, que pais e autoridades, como professores e a própria sociedade, construam juntos, esta nova fase da vida dos adolescentes.

                 Não “dar” demais, nem “impor” jamais e sim “construir” através do diálogo fraterno, onde haverá “tempo” para ouvi-los e compreendê-los.

 Em suma os pais precisam tornar-se os verdadeiros amigos dos filhos.

                O poder público, em qualquer esfera pode e deve oferecer programas específicos de orientação e planejamento familiar, juntando-se aos pais e aos professores, nessa grande cruzada.

E aquelas mães adolescentes, precisam de alternativa também para continuar seus estudos e consequemente, garantir o sustento de seu rebento.

                Com essas medidas, não tão difíceis de serem implementadas, quantos casos de abortos clandestinos poderiam ser evitados!

 Segundos dados da OMS, dos dois milhões de abortos praticados, por ano no Brasil, um milhão, ocorrem entre adolescentes e muitas delas ficam estéreis e mais ou menos 20% morrem, em decorrência disso. Quanta despesa poderia ser evitada.

                Inferindo, é a união de esforços do poder público, da sociedade organizada, da família e das escolas, todos trabalhando de mãos dadas, num mesmo objetivo, propiciando um intercâmbio na área da saúde, da educação, do esporte e do lazer, inibindo a alta incidência de jovens grávidas, permitindo resgatar a auto-estima, com certeza, chegaremos a um denominador comum e seremos uma sociedade mais solidária e mais humana.

                Pensemos nisso.

quarta-feira, 29 de outubro de 2014


                                               OS FILHOS, EDUCADOS PARA O AMOR!

                Como educar os filhos para o amor? O ser humano é um ente complexo, tem muitas necessidades a serem satisfeitas. Ele quer ser feliz. Tem necessidade e amar e às vezes, não sabe como!

 O amor que temos no interior de cada um e a maneira de expressá-lo, depende daquilo que logramos obter, das frustrações e das injustiças que sofremos, desde que nascemos e da interação de pais e filhos, no âmbito da família. O diálogo, neste caso é fundamental.

                O ser humano é único, portanto não é cópia. Ele é sujeito de suas próprias atitudes, soma das vivências e profunda interação na vida familiar. O sentimento amoroso é de suma importância na formação deste ser, que passa a integrar o ambiente familiar.

                Sentimento básico, da natureza humana, o amor é intrínseco a todos. Pensa-se em encontrar a felicidade no outro (a), mas a individualidade, do ser indivisível que somos não pode ser dividida com ninguém.

                Gostamos de ser aceitos na sociedade, valorizados, queridos e os filhos, personalidade em formação, então precisam muito mais: a certeza de que os pais os amam. Como fazer isso? Agindo com transparência em todas as fases da vida dos mesmos, porque à medida que vão crescendo, tornam-se diferentes e também, tem necessidades de amor e carinho diferentes.

                O ser humano sente a falta de amor, de respeito e de solidariedade. Só quem ama a vida e se sente amado pela família, pela sua roda social, pode entender o significado real do amor e daí, tornar-se amável  e aprender a amar, já que o amor é um sentimento inato no homem.

                Os pais precisam com habilidade e respeito, compreender e sentir o desenvolvimento físico e psicológico, neste período de transição. Pais precisam adotar os seus filhos verdadeiramente, antes que um traficante da vida e das drogas os adote! Só o amor tem força suficiente para combater esse grande mal do século passado e do atual também.

                Faça do seu filho, um amigo de verdade, onde ele possa contar todas suas coisas, suas agonias, enfim, ele precisa confiar nos pais, como confia nos “amigos da esquina”.

                Filho compreendido, sente segurança no amor, sabe que seus pais estarão sempre ao seu lado, para perdoar, entender, consolar, apoiar, dar força e amar verdadeiramente.

                Ao invés de Dar ou Impor, Construir, uma existência de amor e fraternidade.  (DIC) Será que colocando um filho numa boa escola basta? É claro que não. Faz-se mister, prepará-lo em família, ao amor fraterno, a igualdade de direitos e deveres.

                Daí vem o lar, bem construído com valores e virtudes incontestáveis na formação moral do ser humano. Do lar, vem à verdadeira educação para a cidadania, no respeito às autoridades constituídas, aos pais e professores, aos mais velhos e a natureza tão devastada, pela incúria do próprio ser humano.

                Amar não se aprende nos livros, nas escolas, nem na rua. Aprende-se no recôndito do lar verdadeiro, onde a confiança inspiradora faz da criança e do jovem, homens futuros que vão querer o melhor para a sociedade, como um todo e não a individualização que traz o egoísmo e o orgulho, males que fazem a derrocada de qualquer sociedade e principalmente do “SER” em si mesmo. O amor é sinônimo de liberdade e de responsabilidade.

                É preciso, portanto, reabilitar o amor. Pensemos nisso!

quarta-feira, 15 de outubro de 2014


                                                          EXISTÊNCIA DE DEUS!

                Tudo nesta vida nos diz da existência de uma inteligência superior que comanda todo este Universo, funcionando como um relógio perfeito. No entanto, nós normalmente esquecemos-nos desta premissa e fraquejamos diante das dificuldades que se nos apresentam, no dia a dia de nossas vidas e principalmente, das pretensas injustiças que são cometidas contra nós.

                Recuperemos então, alguma coisa sobre a prova da existência de Deus. Todo efeito tem uma causa. Vamos procurar então, tudo que não é obra do homem e a própria razão nos responderá. O universo existe e ele tem uma causa. Já foram descobertas mais de 100 bilhões de galáxias.

Cientistas, a cada dia descobrem novos planetas, fora do sistema solar. Na biologia sabemos que 80% dos átomos que compõem o nosso corpo são trocados a cada ano. Estamos descobrindo que tudo o que o corpo humano tem, também é composição da própria natureza. Já não se fala mais de Universo, mas de Multiverso e ainda duvidamos da existência deste Ser Supremo, causa primária de todas as coisas.

Se eu atirar uma pedra e ferir alguém, o efeito foi o ferimento, mas a causa, foi quem atirou a pedra.

                Alguém pode criar o que produz a natureza? A pequena bolota, por exemplo, depois de alguns anos, torna-se um majestoso carvalho. A causa primeira, pois, é uma inteligência superior à humanidade.

                Entendendo a existência de Deus, poderemos inferir, do por que ele nos colocou nesta gleba maltratada que mais parece um caldeirão, que ferve dissabores e transborda prejuízos morais, onde a escola desrespeita e é desrespeitada, onde a inveja lança veneno ao próprio redor e o excesso de alguns, resulta na miséria de muitos. Vamos finalmente entender, diante deste panorama adverso, que Deus na sua infinita misericórdia, nos enviou para minorar a situação caótica, provocada por tanto desamor.

                Por certo, gostaríamos de viver num mundo bem melhor, onde o amor vencesse o ódio, a violência e o egoísmo, onde a revolta fosse banida dos nossos sentimentos, onde não precisássemos de drogas para sair da depressão.

No entanto, tudo isso está em nossas mãos. Basta que entendamos a existência deste SER tão maravilhosamente bom e justo, que tem todas as virtudes em grau supremo e sintamos que Ele não faz injustiças com nenhum de seus filhos, porque ele, acima de tudo, é todo amor!

                Com este entendimento, com certeza, seremos mais felizes!

terça-feira, 14 de outubro de 2014


                                                                      UM SONHO!

                Algumas pessoas dizem que sou um sonhador, até utópico, às vezes!

                No entanto, seria um sonho pensar que todos poderiam ser mais felizes? Seria um sonho pensar que as pessoas poderiam se entender melhor?

Seria um sonho imaginar que as famílias poderiam ser mais unidas? Que os filhos poderiam conversar com seus pais sobre todos os assuntos, em qualquer momento? Que as novelas e os programas cibernéticos e os celulares, não estivessem à frente da educação dos mesmos, ou que os filhos não tivessem suas ocupações, cada um no seu quarto, na sua internet?

                Seria um sonho pensar que as famílias, cada vez mais relegadas a segundo plano, pudessem juntas, construir uma nova geração, de pessoas conscientes de seus direitos e deveres?

                Seria um sonho, se pudéssemos saber onde estão os nossos filhos, adotando-os antes que os traficantes o façam, deixando de entregá-los a essa escória da sociedade que corrói cada dia mais, o cerne da célula mãe, de toda civilização que se preze e os incautos que se deixam levar, pela onda de que tudo pode e que a liberdade não tem limites?

                Seria um sonho, inferir que se os pais não entregassem, seus carrões a filhos inabilitados, tantas tragédias poderiam ser evitadas, no transito caóticos dos nossos dias? Quantas lágrimas seriam evitadas.

                Seria um sonho, ter a sapiência, que se os pais se amassem verdadeiramente e não só se aturassem como também, amassem seus filhos, a casa viraria um LAR?

                Seria um sonho, que os nossos professores em todos os níveis, com um salário recompensador, ensinassem, além do abc e do currículo escolar, noções de cidadania, de educação do homem de bem e não do homem vencedor?

                Seria um sonho, imaginar um mundo perfeito onde haveria o respeito às leis e as autoridades constituídas, à palavra empenhada, ao ser humano como um todo, enfim que todos nós pudéssemos nos unir, em torno de uma cruzada, do bem, da não violência, do “não fazer aos outros, o que não queremos que nos façam”?

                Então, realmente sou um sonhador!  Vamos todos sonhar um pouco?